O advento do uso comercial da internet para navegação e o envio e recebimento de mensagens eletrônicas (e-mails) significou uma verdadeira revolução no acesso à informação.
O crescimento explosivo da rede, a redução do custo dos computadores, o barateamento e o aumento da disponibilidade de acesso a conexões de banda larga, além dos diversos programas de inclusão digital, têm adicionado diariamente centenas de novos usuários à legião de pessoas que utilizam esse meio de comunicação.
Contudo, o maravilhoso novo mundo da comunicação trouxe consigo, também em uma escala sem precedentes, todos os problemas que já vivemos no nosso dia-a-dia não-virtual, que são as fraudes, as tentativas de extorsão, o roubo de informações pessoais e profissionais, o roubo de identidade, a falsificação de dados, o acesso a imagens e conteúdos impróprios e pornográficos etc.
Hoje, mais do que nunca, uma preocupação constante e crescente de todos aqueles usuários, experientes ou não, da internet e das facilidades que essa rede de comunicações trouxe ao nosso cotidiano é como proteger-se das ameaças que cada vez mais assombram o nosso mundo digital.
Muito se tem discutido e as sugestões são as mais diversas possíveis, desde aquelas que, se seguidas à risca, seriam o equivalente a deixar de utilizar a internet e usufruir dos seus benefícios, quanto outras menos extremistas, mas que mesmo assim apavoraram os usuários pelo simples fato de tratarem dos problemas e das ameaças como se fosse algo novo e criado pela internet.
Vale ressaltar que a internet trouxe com ela a capacidade de potencializar três características na aplicação de golpes ou ameaças, que são: a ação à distância, a capacidade de propagar e disponibilizar essa técnica a custos baixíssimos a outros fraudadores, e a possibilidade de automação dos processos de aplicação da fraude; estas características, somadas à permeabilidade cada vez mais presente da internet, transformam qualquer percentual de sucesso na aplicação de golpes em algo muito atraente para aqueles que se dedicam a esse tipo de atividade ilícita.
Aqui fica, então, a pergunta que todos nós nos fazemos diariamente: “O que eu devo fazer para me proteger, e assim evitar ser mais uma vítima de um desses golpes?”. A resposta, por incrível que possa parecer, é simples: “Faça exatamente como você age no seu dia-a-dia no mundo físico, ou seja, procure proteger-se das ameaças; não acredite em ofertas ou propostas que soem à primeira vista como muito difíceis de acontecer; não forneça seus dados pessoais, financeiros ou profissionais a estranhos”. Que se entendam como estranhos os sites de origem suspeita ou desconhecida e os e-mails, mesmo que de pessoas ou fontes aparentemente de nosso relacionamento; e vale lembrar aquele conselho que recebíamos, quando crianças, de nossas mães, para nunca conversar com estranhos; ou aquele outro também muito bom, que as aparências enganam. Se refletirmos bem, as antigas regras valem para a internet.
Enfim, use tudo aquilo que você aprendeu no mundo não-virtual e que tem evitado que você seja vítima de vários golpes no decorrer da vida; os mesmos cuidados valem para o mundo virtual, e boa parte deles podem ser resumidos em duas simples palavras: BOM SENSO.
